São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Estoque de vida

No melhor espírito de parceria do poder público com grupos da iniciativa privada, a Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, ligada ao Ministério da Saúde, anunciou nesta semana a realização de convênios com empresas interessadas em oferecer descontos a doadores voluntários.
Embora conhecida pela excelência dos serviços que já há 11 anos vem prestando à população, a fundação sabe que a atual captação de aproximadamente 20 mil bolsas de sangue por mês na capital paulista não atende aos picos de demanda, normalmente verificados no início de cada ano.
Além disso, como a maioria dos doadores atende apenas a pedidos de reposição de sangue para pessoas mais próximas, e por vezes o material oferecido está contaminado, os bancos acabam sofrendo de um terrível déficit crônico em relação à demanda anual.
Lembre-se também de que ainda não foi superada no Brasil uma certa resistência psicológica à doação, por temores em geral pouco consistentes. Um bom meio de vencê-la consiste em associar à oferta de sangue uma receita de benefícios quantificáveis.
Quando está em jogo a salvação de vidas, são necessários, além de boa vontade, instrumentos eficazes de envolvimento da comunidade, como o que a Fundação Hemocentro agora mobiliza.

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