São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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Preservando o impacto; Um PIB de investimentos; O ovo e a galinha; Fonte fantasma; Brincadeira ameaçadora; Matemática oficial; Olho na base; Na lábia; Por asfixia; Questão de imagem

Preservando o impacto
O Plano Plurianual enviado ao Congresso está incompleto. Não tem o sumário com a mensagem do presidente. FHC guardou a exclusividade de seu conteúdo para o pronunciamento que fará, na terça, sobre investimentos sociais.

Um PIB de investimentos
FHC anunciará R$ 300 bi de investimentos em programas de ação contínua -como merenda escolar, crédito agrícola, assistência de saúde- de 96 a 99. Outros R$ 150 bi serão anunciados para investimentos em infra-estrutura.

O ovo e a galinha
O governo está confiante. Até demais. O Orçamento de 96 prevê a CPMF de Jatene e todos os itens da reforma tributária como fontes de receita. Além de nem sequer terem sido postos em votação, sofrem oposição no Congresso.

Fonte fantasma
A lógica do governo, ao pôr no Orçamento receitas que ainda não existem, é barganhar com o Congresso. Se os parlamentares não aprovarem a reforma tributária, terão menos verbas para usar em suas emendas ao Orçamento.

Brincadeira ameaçadora
Murilo Portugal é o homem do cofre do governo. Para fugir do assédio por verbas, às vezes, ele some. Tanto que, numa reunião, o ministro da Marinha, Mauro Pereira, avisou: "Vou pôr o senhor na lista dos desaparecidos".

Matemática oficial
O Planalto analisou 30 votações importantes do primeiro semestre: 331 deputados votaram com o governo em pelo menos 80% dos projetos. São 64,5% da Câmara, pouco mais do que o exigido para aprovar emendas constitucionais.

Olho na base
Aliados de FHC usam as 30 votações para argumentar que, apesar das crises no relacionamento com o Congresso, a base parlamentar é sólida. Mas reconhecem que os dados podem ser menos favoráveis no segundo semestre.

Na lábia
Quando receber o pedido de intervenção federal em São Paulo, o presidente do STF, Sepúlveda Pertence, convidará Covas e a outra parte para tentarem negociar um acordo. Em caso igual com o Mato Grosso ele teve sorte.

Por asfixia
Valdemar Costa Neto (PL) conseguiu que os líderes de todos os partidos dessem urgência ao projeto que passa para a Saúde as verbas do Sebrae (microempresas) comandado pelo rival Afif.

Questão de imagem
Luís Eduardo sabota a proposta de lei eleitoral de João Almeida. Acha que ela não passa pelo Senado. Com isso, a eleição de 96 seria regulada pelo TSE -o que é ruim para o Congresso e para ele.

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