São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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Tratamento inclui retirada da mama masculina

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

A mastectomia -cirurgia que retira a mama com câncer e faz uma "limpeza" nos gânglios da região- também é o tratamento de escolha para o câncer de mama nos homens.
Dependendo do tamanho do tumor, da presença de metástases (focos do câncer em outros órgãos) e do exame das células (anatomopatológico), o paciente pode precisar de outras formas de tratamento para acabar com a população de células tumorais.
A radioterapia (tratamento com radiação), a quimioterapia (com agentes químicos que atacam as células cancerosas) e a hormonoterapia (com substâncias que bloqueiam a atividade dos hormônios sobre o tumor) são as opções.
A hormonoterapia é, em geral, mais eficiente em homens que em mulheres. Isso acontece porque cerca de 70% dos tumores nas mamas masculinas têm receptores para o hormônio estrógeno.
Esses receptores podem ser bloqueados, impedindo que o hormônio influencie o crescimento das células cancerosas.
Nas mulheres, após a menopausa, apenas 50% dos tumores de mama apresentam os receptores de estrógeno. Nas mais jovens, o índice é ainda menor.

Metástases
As células do câncer de mama podem "migrar" para outros locais do corpo, como as axilas, a base do pescoço, a outra mama, os ossos, os pulmões, o fígado e o cérebro. Se isso acontecer, um tratamento complementar é exigido.
A análise do material genético do tumor também ajuda a avaliar a necessidade de um tratamento complementar após a cirurgia. Se um determinado gene (o Erb-b2) é localizado em grande quantidade, as células tumorais estão se multiplicando muito. Nesse caso, o tratamento pós-mastectomia é fundamental para conter a doença.
(JB)

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