São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995 |
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530 empresas têxteis fecham em 5 anos Demissões chegam a 30 mil pessoas BILL SOUZA
Em consequência, cerca de 30 mil pessoas foram demitidas no período. Só neste ano, 70 empresas fecharam e demitiram cerca de 4.500 trabalhadores. Algumas indústrias pretendem voltar à atividade a partir de janeiro 1996. A suspensão é para "desovar" os estoques. É o caso da indústria Jóia, do prefeito de Santa Bárbara (45 km de Campinas), José Maria de Araújo (PSDB), que fechou na quinta-feira e demitiu 62 trabalhadores. Várias indústrias estão reduzindo turnos de trabalho, como ocorre com a Elizabeth S.A. Indústria Têxtil, a maior de Americana (36 km de Campinas). A empresa cortou pela metade sua produção, de 10 milhões de metros de tecido, apesar de ter investido cerca de R$ 3 milhões para modernizar o parque. O empresário de Santa Bárbara d'Oeste Mauro Martins, 78, decidiu fechar as duas empresas na quinta-feira por causa da queda de 80% na produção e demitiu 135 trabalhadores. As indústrias Bigmarte e Igarapé produziam 400 mil metros de tecido em 1990. Atualmente, a produção era de 80 mil metros. No estoque, há 100 mil metros. "Nos meus 40 anos como empresário do setor nunca vi uma crise tão profunda como esta." Texto Anterior: Transporte de carga volta a crescer Próximo Texto: Para o setor de veículos, crise é "conjuntural" Índice |
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