São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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ONGs ameaçam acabar com a reunião paralela

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As organizações não-governamentais que participam da reunião paralela à Quarta Conferência Mundial da Mulher deram ontem um ultimato de 24 horas para o governo da China suspender a espionagem e o assédio às participantes do encontro.
Se as exigências não forem atendidas, as participantes serão consultadas sobre se o evento será suspenso, boicotado ou "se elas vão começar a promover tumultos e quebra-quebras", disse ontem a delegada Salamo Fulivali.
Ela faz parte da direção executiva do fórum de ONGs. O grupo de 19 mulheres se reuniu ontem por duas horas com representantes do governo chinês.
As integrantes das ONGs afirmam que os quartos de algumas mulheres foram revistados por policiais durante a noite e que houve casos de desalojamento forçado.
O protesto foi acompanhado por uma autoridade do governo dos EUA, o susbsecretário para Assuntos Globais Timothy Wirth.
Ele afirmou que os excessos da segurança chinesa ameaçam a própria realização da conferência da ONU, que começa amanhã.
Wirth pediu a intervenção do secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali, para que os excessos policiais sejam proibidos.

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