São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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Daewoo Tico anda bem, mas é caro

EDUARDO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele é menor e menos potente que um Uno Mille. Com apenas 3,34 metros de comprimento (o modelo Fiat mede 3,64m) e motor de 800 centímetros cúbicos (cc), o Daewoo Tico inspira fragilidade à primeira vista.
Mas é um erro menosprezar esse diminuto sul-coreano. Muito longe de sua terra natal, no caótico trânsito paulistano, o Tico se mostra ágil como poucos.
As retomadas de aceleração, ainda que limitadas pela exígua potência do motor, são "fortes" o bastante para encarar o fluxo congestionado de qualquer avenida.
O minicarro também sobe ladeiras sem refugar. Como bom "city car" (veículo projetado para trânsito urbano), o Tico é bastante econômico. Segundo a montadora, na cidade ele faz 24 km por litro.
Na estrada, seu rendimento saltaria para os 35 km. Pena o carrinho ser tão caro.
Trazido para o Brasil somente por importadores autônomos (aqueles sem vínculos com os representantes oficiais de cada marca), o Tico chega ao consumidor por R$ 15 mil (compra-se um Kadett com o mesmo dinheiro).
Exagero para um veículo dessa categoria, mesmo considerando os acessórios que o equipam.
Quase todos os modelos disponíveis no mercado brasileiro vêm com ar-condicionado e toca-fitas.
Todos têm quatro portas, fundamentais para facilitar a vida de quem compra um carro tão miúdo.
Os Tico contam ainda com um acessório, no mínimo, incomum: um porta-moedas localizado no canto inferior esquerdo do painel, bem à mão do motorista (como todos os demais instrumentos).
Para os coreanos, é o lugar onde se guardam moedas que serão utilizadas no pagamento dos pedágios eletrônicos.
No Brasil, descobriu-se outra razão -não menos útil- para o acessório: armazenar as moedinhas que serão distribuídas entre crianças de rua e mendigos nos semáforos da cidade.
Afinal, um "city car" é sempre um "city car".

ONDE ENCONTRAR
Barreto Automóveis: tel. (011) 887-9333

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