São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995
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Governo quer 7 de Setembro 'popular'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo quer transformar o 7 de Setembro numa festa popular, como a comemoração da Independência dos EUA ou o 14 de julho (queda da Bastilha), na França.
"Alguns percebem equivocadamente que é um dia só dos militares", disse ontem o ministro da Cultura, Francisco Weffort.
Para mudar isso, o governo conseguiu que a iniciativa privada bancasse a produção de um show na praça dos Três Poderes, a produção de vídeos e a colocação de enfeites na Esplanada dos Ministérios.
Os artistas que vão se apresentar no show (Milton Nascimento, Olívia Byington e Dominguinhos, entre outros) não vão cobrar cachês.

Troca de quadro
Ontem, o presidente Fernando Henrique trocou pela quarta vez o quadro que fica atrás de sua mesa, no Planalto.
A tela "Bandeira do Brasil" ganhou a simpatia de FHC: "Esta é muito linda. Ela é minha e tem de ficar aí para sempre". A tela retrata a bandeira nacional que está na praça dos Três Poderes.
O artista plástico Jorge Eduardo, 59, fez 82 fotos da bandeira e escolheu uma para reproduzi-la. A bandeira foi pintada num painel de 1,5 metro de altura por 2 metros de largura. O artista chama a obra de "ilujeto" -ilusão do objeto.

Exposição
No início da noite, Fernando Henrique esteve na abertura da exposição "Modernistas, Modernismo", realizada no Itamaraty, que reuniu 36 quadros de dez artistas plásticos brasileiros
Entre eles, estão Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.
A exposição está sendo promovida pela Faap (Fundação Armando Mendes Penteado), que cedeu parte do acervo do MAB (Museu de Arte Brasileiro), em São Paulo, para ser exibida em Brasília.
A mostra tem como objetivo expor a trajetória dos pintores brasileiros antes da Semana da Arte Moderna de 1922, que marca a ruptura com a produção artística do início do século.

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