São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Nova droga é 3 vezes mais potente que AZT
LÚCIA MARTINS
O medicamento é um inibidor de uma enzima chamada protease. Sem ela, o HIV não consegue se desenvolver, reduzindo a infecção. Segundo Jorge Guerra, 46, responsável pelos estudos com o MK-639 na América Latina, os estudos mostram que a droga é três vezes mais potente do que o AZT. O MK-639 ainda eleva, dizem as pesquisas, o número de células de defesa (CD4). Com o remédio, o doente ganharia cerca de 50 células de defesa. Uma pessoa é considerada sadia quando tem mais de 600 CD4s. Um doente de Aids tem, em média, 200 CD4s. Outra vantagem seria a diminuição dos efeitos colaterais. Enquanto o AZT pode ter efeitos tóxicos na medula óssea, a maior complicação causada pelo MK-639 pode ser problema renal. A droga está na fase final dos testes, o que significa que os próximos passos são a aprovação pelos órgãos de saúde e a comercialização. A previsão é que a droga comece a ser vendida em 96. O MK-639 está sendo testado em 11 países do mundo. O maior destes exames está sendo realizado no Brasil, que é o único a avaliar, além dos exames laboratoriais, a condição dos voluntários (o programa prevê 900 usando a droga). Se aprovado, o MK-639 será o primeiro remédio comercializado após passar por testes com observação de doentes. Os resultados dos efeitos com os aidéticos brasileiros devem ser divulgados no fim do programa, em 98. VOLUNTÁRIOS - Portadores do vírus podem obter informações de como se inscrever para testar o novo remédio no Hospital das Clínicas (011) 881-775 Texto Anterior: Programa prioriza 1º grau Próximo Texto: Ainda há passagens para litoral sul de SP Índice |
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