São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995
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Justiça acusa integrantes e pede fim de organizada

DA REPORTAGEM LOCAL

Os promotores de Justiça de São Paulo estão cercando nesta semana a torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras.
Por um lado, dois integrantes da organizada foram denunciados ontem por terem ferido três pessoas com bombas caseira, em agosto.
Por outro, o promotor Fernando Capez, que cuida do caso Pacaembu, deve pedir hoje a extinção da Mancha Verde.
Os dois integrantes da torcida que vão responder pela explosão de três bombas, em 20 de agosto, mesmo dia do conflito de torcidas do Pacaembu, são: Marcos Paulo Araújo e José Valdilson Macedo.
Depois das explosões em um ônibus de linha com são-paulinos da torcida Independente, em Santo Amaro, Araújo foi preso em flagrante com uma mochila cheia de bombas caseiras.
Ele denunciou Macedo como co-autor do crime. Diligências da polícia comprovaram que a fabricação dos artefatos era feita na casa dos torcedores.
Caso os três feridos, que não eram torcedores, apresentem lesões muito graves, os dois podem pegar seis anos de prisão.
Araújo está preso e Macedo, até ontem a noite, não havia sido localizado.
À denúncia desses torcedores, feita pela promotora Ana Menezes Vieira da Ponte, soma-se o pedido de extinção da Mancha Verde a ser feito pelo promotor Fernando Capez, do Ministério Público.
Acreditando que a principal organizada palmeirense não obedece os estatutos de uma agremiação, Capez espera que o fim da torcida seja decidido em nove meses.
Enquanto corre o processo, ele vai pedir a suspensão imediata das atividades da Mancha Verde.
As investigações da Polícia Civil continuam: ontem foram indiciados mais sete suspeitos por crime de rixa (desordem).

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