São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Cai número de empréstimos interbancários
VIVALDO DE SOUSA
A média de contratos caiu de 1.080 na primeira quinzena de agosto, antes da intervenção (que ocorreu exatamente no dia 11 de agosto), para 870 na segunda quinzena do mês passado. Os dados são da Andima (Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto). A avaliação feita pelos técnicos do Ministério da Fazenda é que os grandes bancos ficaram seletivos e, portanto, houve redução de empréstimos principalmente para os pequenos bancos. O volume de recursos negociados no interbancário não se modificou muito após a intervenção no Econômico. Dados do Ministério da Fazenda mostram que o saldo do dia 4 de agosto foi de R$ 22,024 bilhões contra R$ 22,6 bilhões no dia 30 do mês. A avaliação da equipe econômica é que tal situação provocou problemas localizados em pequenos bancos, mas não existe crise do sistema financeiro. É por isso que o BC (Banco Central) vem adotando medidas para aliviar a situação dos pequenos bancos com problemas de liquidez. A que mais beneficiou os pequenos bancos foi a elevação do limite de isenção sobre o qual é cobrado o compulsório sobre depósitos a prazo, que passou de R$ 15 milhões para R$ 30 milhões. As mudanças no compulsório liberaram R$ 8,6 bilhões em títulos públicos para os bancos -as instituições recolhiam parte deste compulsório através destes títulos. Estes papéis agora podem ser utilizados como garantia nos empréstimos obtidos no interbancário. As mudanças beneficiam não só os pequenos bancos, mas todas as instituições financeiras. Texto Anterior: Quércia bloqueia investigação sobre Banespa Próximo Texto: BB capta R$ 3 bi em aplicação Índice |
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