São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Imóvel do presidente pode sofrer invasão Sem-terra ameaça fazenda em MG ABNOR GONDIM
A afirmação foi feita ontem pelo coordenador do MST, Gilberto Portes. Ele duvida dos dados oficiais que classificam como produtivos os 1.100 hectares da fazenda. Segundo Portes, a onda de ocupações ao redor de Brasília -duas outras fazendas foram ocupadas em agosto- pode atingir as terras de FHC, se as informações oficiais sobre o imóvel não se comprovarem. "Não temos nenhum motivo para confiar nesses dados e se forem falsos a fazenda do presidente será ocupada como serão ocupadas todas fazendas que não cumprem sua função social", disse Portes. A ameaça de ocupação da propriedade do presidente aumentou nesta semana por causa da decisão judicial de retirar cerca de 700 famílias de sem-terra, organizados pelo MST, que ocupam desde o dia 1º a fazenda Barriguda. Localizada em Buritis (MG), a 260 km de Brasília, a Barriguda está a 30 km de distância da fazenda de FHC. O juiz João Vieira Neto deu o prazo de uma semana para os sem-terra desocuparem a fazenda, devolvendo-a ao proprietário, Joaquim Valadares. Segundo Portes, a fazenda Barriguda foi escolhida para ocupação por estar próxima a Brasília e ter uma área improdutiva de 5.000 hectares. "Com o caso da Barriguda, queremos mostrar que próximo a Brasília há sem-terra e latifúndios improdutivos e queremos uma ação do governo", disse o líder da invasão, Celito Costa. Segundo Costa, a ação do MST tem por objetivo cobrar as promessas do governo para a desapropriação de terras e o assentamento das famílias de sem-terra. "Estamos aqui para cobrar a meta de 40 mil famílias que o Fernando Henrique prometeu assentar neste ano, disse Costa. Texto Anterior: Presidente conhece defesa aérea Próximo Texto: Governo desapropria 3 áreas na Paraíba Índice |
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