São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Vingança causou atentado contra industrial

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu anteontem três suspeitos de participar da morte do estudante Marcos Zaidman, 18, e de balear seu pai, o industrial, Mosei Zaidman, 58. Eles confirmaram que o crime foi uma vingança contra Mosei por ele ter reagido a um roubo.
Segundo o delegado Flávio Katinskas, 28, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), os três, porém, negam ter participado da vingança e acusam Cláudio Alves Cordeiro, 28, o "Falador", que está foragido.
Mosei continuava, até as 21h de ontem, internado em estado grave no hospital Albert Einstein. Dois homens haviam tentado roubá-lo no último dia 30, após ele sacar R$ 1.500 em um banco na zona sul de SP. Um dos homens entrou em sua Parati enquanto o outro seguiu o carro com um Chevette.
No caminho, Mosei viu um carro da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, uma tropa de elite da PM) e jogou a Parati em direção ao veículo da PM. Os policiais passaram a seguir a Parati.
Mosei se jogou do carro e Luiz Gonzaga Costa, 31, foi morto no tiroteio com PMs. Falador seria o segundo assaltante. No velório de Costa, ele teria dito que se vingaria do industrial.
No dia 2 deste mês, o empresário estava saindo de sua empresa, a Ipel (Indústria de Pincéis e Embalagens Ltda.), na Estrada dos Funcionários Públicos (zona sul de SP), quando sua Parati foi fechada por um Opala branco.
Três ou quatro homens estavam no Opala. Dois deles desceram e atiraram no filho de Mosei com uma escopeta e, no empresário, com um revólver. No carro também estava a mulher do empresário, Márcia, 43, que nada sofreu.
A polícia chegou até Falador após descobrir quem era o acusado morto pela Rota. Os policiais foram até a casa de Costa e prenderam Cláudio Alves Pereira, 21.
Pereira, que morava com Costa, negou estar envolvido no crime e acusou Luiz Cláudio da Cruz Preda, 22, o "Cavalo de Fogo", e Falador. Preda negou também estar envolvido no assassinato.
Ele disse que ajudou Falador a fugir após a morte do estudante. Preda também acusou Oríbio Valim Ribeiro, 37, funcionário da Ipel, de ter fornecido as informações para o grupo tentar o roubo. Ribeiro foi preso. Ele, Preda e Pereira tiveram prisão decretada.

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