São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Propaganda de chuteira no Brasil causa indignação na Argentina
DENISE CHRISPIM MARIN
O anúncio diz que uma chuteira da marca era "mais animal que zagueiro argentino". Os jornais compartilharam a indignação com a AFA (Associação de Futebol Argentina) e a Associação de Futebolistas Argentinos. O adjetivo "animal", para todos eles, pode ter dois sentidos -nunca um terceiro, que está hoje em moda entre os brasileiros. O primeiro não ultrapassa o sentido estrito da palavra: ser irracional, que age por instinto. O outro, figurativo, complica ainda mais o uso da expressão: qualifica uma pessoa incapaz, grosseira ou ignorante. O segundo significado traz um agravante: recorda aos argentinos a expressão com a qual eram identificados na Copa de 66. Na segunda-feira, o jornal "La Nación", publicou charge como "represália" (leia texto abaixo). No mesmo dia, a Adidas da Argentina encerrou a polêmica: ameaçada de rompimento do contrato de patrocínio da seleção, a empresa convocou o diretor da Adidas Brasil, Amauri Rosemberg, representantes da agência autora da campanha e o presidente da AFA, Julio Grondona. Assim os argentinos descobriram que as palavras podem ser escritas da mesma forma em português e espanhol. "Foi um grande mal-entendido", afirmou à Folha o embaixador do Brasil na Argentina, Marcos Azambuja. Texto Anterior: Governo vai criar a 'Lei Pelé' Próximo Texto: Vôlei inicia caminhada a Atlanta-96 contra Chile Índice |
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