São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

A próxima é no Brasil

CARLOS SARLI

Terminada a perna européia do Circuito Mundial de Surfe da primeira divisão, WCT, a disputa pelo título, a definição dos "Top 16", e também das últimas vagas entre os 28 melhores colocados no ranking, que garantem a permanência no ranking mundial, ficaram mais emocionantes que nunca.
A oitava etapa do ano, a terceira em águas francesas, acabou anteontem, depois de ter sido adiada por falta de ondas. O vencedor do Quiksilver Surfmaster, em Biarritz, foi o havaiano Sunny Garcia.
Com a vitória sobre o conterrâneo Derek Ho, que fez sua primeira final desde que foi campeão mundial, em 93, Sunny subiu para a segunda posição no ranking, a 70 pontos do líder Rob Machado, o qual venceu na semifinal, e com 130 pontos de vantagem sobre o terceiro colocado, Kelly Slater.
Enquanto Sunny foi o surfista com melhor desempenho na França, o que lhe valeu o troféu Sud Ouest, uma espécie de Tríplice Coroa, o atual campeão mundial, Kelly Slater, não foi nada bem para o seu padrão.
Desembarcou na Europa em primeiro no Tour e sai de lá em terceiro.
Victor Ribas voltou a ser o destaque brasileiro na competição. Depois da vitória em Lacanau, há duas semanas, Vitinho por muito pouco não voltou a fazer a final.
Terminou em terceiro, perdendo na semifinal para Derek Ho, por 0,34 ponto, depois de vencer Kelly Slater nas quartas-de-final, na melhor bateria do campeonato.
O cabo-friense Rivas subiu para a sétima colocação no WCT e é o melhor brasileiro na temporada. En seguida, estão Teco Padaratz, 15º, Fábio Gouveia, 21º, e Renan Rocha, 25º, todos praticamente garantidos no WCT 96.
Renan tem a seu favor o fato de não ter competido em uma das etapas e, com isso, irá descartar um zero entre as pontuações que serão somadas ao fim da temporada. São computadas oito de dez etapas.
Jojó de Olivença, 30º, e Guilherme Herdy, 31º, também têm chances. Para Ricardo Tatuí, Peterson Rosa e Piu Pereira, as coisas estão mais complicadas, embora tenham chances de acesso pelo ranking da segunda divisão, WQS, que classifica 16.
Até o momento, à exceção de Vitinho, o desempenho dos brasileiros ficou aquém da expectativa.
O número de novos competidores brasileiros desta temporada deve cair no ano que vem. A próxima etapa, penúltima, será no Rio de Janeiro, o que ajuda. Depois é Pipeline, Havaí, o que complica.

Texto Anterior: Que Presidente seja realmente prudente
Próximo Texto: Notas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.