São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Cameron trabalha o futuro

MARCELO RESENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando chegou aos cinemas em 1986, "Aliens, o Resgate", do diretor James Cameron (Globo, 0h), foi entendido como uma perversão do primeiro filme da série, dirigido pelo inglês Ridley Scott no final da década de 70.
Para uma parte da crítica o filme de Scott era uma ficção científica, rica em metáforas, sobre o que havia de sombrio no futuro, ou em último caso, no desconhecido.
A obra de Cameron, por outro lado, parecia ter se rendido ao americanismo simplista: seu "Alien" seria então uma versão do militarismo do presidente Ronald Reagan e sua posição contra os rebeldes da Nicarágua.
Visto hoje, "Aliens, o Resgate" mostra mais do que artefatos e idéias bélicas. Expõe, antes, o talento de Cameron, um dos raros cineastas na indústria americana que consegue, com brilho, usar a ciência como um eficaz meio de expressão.
Criador de "O Exterminador do Futuro" e "True Lies", Cameron retoma as máximas dos filmes B produzidos aos milhares nos anos 50: a noção de que o futuro se mescla com o perigo e todo o conhecimento técnico carrega, por fim, um imenso potencial de destruição.
(Marcelo Rezende)

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