São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Terremoto em Kobe matou 5.000 pessoas

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL AO JAPÃO

Kobe quer dizer "porta de Deus", mas a cidade se viu numa situação infernal no último dia 17 de janeiro.
Às 5h46 seus moradores foram acordados por um terremoto que durou 20 segundos e matou mais de 5.000 dos seus 1,5 milhão de habitantes.
Mas Kobe já vive sob o signo da restauração. O imenso elevado que tombou nas imediações da zona portuária foi quase que inteiramente removido.
Tomada agora por faixas com inscrições como "Nós amamos Kobe", a cidade trata de demolir os prédios que tiveram suas estruturas abaladas e de reconstruir aquilo que o terremoto pôs abaixo.
Porto natural entre as montanhas e o mar, Kobe dista 30 km a oeste de Osaka e lembra San Francisco, na Califórnia, que também é permanentemente sacudida por tremores de terra.
Como a cidade norte-americana, Kobe tem grandes pontes, um bairro chinês, um belo museu marítimo e desenvolveu-se acentuadamente a partir de meados do século passado como um centro cosmopolita, repleto de estrangeiros.
Uma grande festa no dia 31 de dezembro, quando as sirenes dos barcos vão tocar juntas à meia-noite, promete exorcizar o pesadelo do terremoto que abalou a cidade -e o mundo- no início do ano.

Viagem pioneira
Proveniente de Kobe, o vapor Kasato Maru aportou no porto de Santos (SP) no dia 18 de junho de 1908.
Trouxe para o Brasil os primeiros 781 imigrantes japoneses que se tornariam brasileiros, numa viagem pioneira que durou 52 dias.
(SC)

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