São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Festival é pretexto para usar quimono

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL AO JAPÃO

Festivais populares como a queima de fogos de artifício em Uji, nos arredores de Kyoto, em meados de agosto, são uma oportunidade para que as jovens japonesas usem quimonos de verão.
Trajes tradicionais com versões para homens e mulheres, os quimonos são hoje vistos quase que apenas em ocasiões especiais, como o festival pirotécnico de Uji.
Existem quimonos para casamentos, funerais e até para a cerimônia do chá ("chano-tea"), com origem no século 15.
Essas roupas têm um tamanho único e são ajustados à medida em que vão sendo vestidas.
A origem desse costume data do século 8, quando as damas da corte usavam vários trajes sobrepostos, e é provável que os quimonos tenham vindo do Egito via China.
No século 14 surgiram no Japão os quimonos mais leves e confortáveis.
Mas foi no século 18 que os tecidos dos quimonos ganharam cores e tramas de grande beleza e sofisticação.
Um quimono de casamento em seda ou lã, com detalhes bordados com fios de ouro, pode hoje custar mais de 1 milhão de ienes, algo em torno de US$ 10 mil.
É de bom-tom que as mulheres escolham trajes que aludam à estação do ano, com padrões e estampas de paisagens, frutas ou flores da época.
Existem, no entanto, modelos baratos e práticos, como os "iukatas" de algodão, pijamas que os hotéis colocam à disposição de seus hóspedes.
Os quimonos usados nos tradicionais festivais de verão, como aquele de Uji, são de algodão e têm estampas floridas.
O mais curioso é que o evento deste ano em Uji foi frequentado por milhares de moças trajadas de quimono, embaladas por canções brasileiras de carnaval e por músicas de Jorge Benjor.

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