São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995 |
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'Ombudsman' de Santos acusa prefeito de censurar seu trabalho
MARCUS FERNANDES
"Foi quando critiquei setores da administração municipal", disse. Desde a criação do cargo de ouvidor, em 14 de abril de 94, Ferreira publicava toda sexta-feira uma coluna no "Diário Oficial". Ele foi escolhido para a função pelo próprio prefeito. A lei que criou a ouvidoria pública determina que o ouvidor tem direito de publicar, uma vez por mês no "Diário Oficial", um relatório "contendo o número de reclamações e consultas feitas, e ainda o encaminhamento dado aos assuntos de maior relevância". Ferreira disse que antes de tomar posse como "ombudsman", solicitou a Capistrano que a coluna fosse semanal. "Foi uma sugestão e ele concordou", disse. O ouvidor não descarta a possibilidade de entrar na Justiça com a intenção de garantir a publicação semanal de sua coluna. "O prefeito se acha o dono da minha função. Ele está sendo autoritário, indo contra o seu passado de homem democrata", afirmou Ferreira. O mandato de Ferreira se encerra em 96, coincidindo com a eleição do novo prefeito. Ele afirmou não ser filiado ao PT ou a outro partido. "Vou propor à Câmara que a lei seja mudada, para que o futuro ombudsman seja eleito pelo povo, e não indicado pelo prefeito", declarou Ferreira. Pela lei que criou o cargo de ouvidor, o prefeito não tem poder para exonerá-lo. Texto Anterior: Encontro sobre Aids vê 'descaso' da Saúde Próximo Texto: Campanha na TV fala sobre repetência escolar Índice |
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