São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995 |
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Exposição pede o fim de impostos para tintas
PAULO REIS
Onde: Museu Nacional de Belas Artes (av. Rio Branco, 199, região central) Quando: de 5 de setembro a 17 de outubro, terça a sexta das 10 às 18h, sábados e domingos, das 14 às 18h Preço: R$ 1, (grátis aos domingos) "Passados 40 anos, nada mudou". Com este título, 30 pintores brasileiros insatisfeitos com o tratamento que recebem do governo federal, reeditaram o "Salão Preto e Branco", aberto na última quarta-feira, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. A exposição acompanha um manifesto, enviado às autoridades federais, pedindo "a isenção dos impostos para tintas, pincéis, papéis para a produção artística." Além da "livre entrada e saída do país de obras de arte de artistas vivos", o manifesto reclama de uma política que possibilite "leis de incentivos fiscais eficazes e adequadas aos artistas com projetos coletivos e individuais". Idealizada pela pintora Marília Kranz, a mostra "Salão em Preto e Branco" refaz o famoso salão organizado pelo pintor gaúcho Iberê Camargo (1914-1994), em 1954, que protestava pelos mesmos problemas. "Nada mudou nestes 40 anos", disse a pintora. Os critérios de curadoria determinaram que todos os artistas fossem pintores com nomes estabelecidos no mercado. São 30 obras e muitas não funcionam na estrutura monocromática. O preto-e-branco é um achado para a elegância formal de Antonio Dias, Daniel Senise, Flávio-Shiró, Arcangelo Ianelli e Tomie Ohtake. Apenas Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Aloísio Carvão e Iberê Camargo estiveram na primeira versão. A exposição consta ainda de obras de Anna Bella Geiger, Antonio Henrique do Amaral, Athos Bulcão, Beatriz Milhazes, Carlos Vergara, Siron Franco, Victor Arruda, e outros. Texto Anterior: NOITE ILUSTRADA Próximo Texto: Bloom é seu próprio personagem literário Índice |
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