São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995
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Giardino decola com a falta de inverno

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Se tivesse havido inverno, talvez o restaurante Giardino tivesse demorado mais para pegar. Mas como o clima de verão tem prevalecido nos últimos meses, a casa, aberta em julho, já decolou.
Um dos motivos é que o restaurante é dominado por dois ambientes abertos para a rua como terraços, um dos quais parcialmente descoberto. Mesas ao ar livre e um ambiente que lembra pátios caseiros italianos são uma tentação no calor. Com a comida leve ali servida, o programa se completa.
A casa não chega a ser uma experiência ambiciosa em termos gastronômicos. Mas ao menos é feita com capricho.
A concepção do Giardino veio de alguém sem experiência no ramo. Jamil Aun, paulistano de 49 anos, recém-saído do mercado da moda, sempre foi incentivado pelos amigos -para os quais cozinhava- a enveredar por esta área. Para isto, associou-se a Ana Helena Cury, 24, e mais dois sócios que entraram com capital.
A reforma demandou um ano. A casa fica numa movimentada esquina de Moema e dá entrada para as duas ruas: numa fica a entrada do bar, com revisteiro e móveis de jardim; para a outra, dá o terraço ocupado em parte por mesas de bar e mesas reservadas para quem vai comer. Ligando os dois ambientes fica uma sala que completa o restaurante, além da cozinha envidraçada, à vista do público.
A fórmula da cozinha é a de sanduíches, saladas, massas e grelhados, resultando num tom mais para o italiano. Os sanduíches, montados em pão ciabatta, têm ingredientes de boa qualidade e são bastante fartos, como o de anchovas, agrião, ovos cozidos, mozzarella de búfala e azeitona.
O antepasto da casa junta abobrinha, berinjela e pimentão grelhados, mais bresaola, queijos e frios. As saladas são luminosas, frescas. A de salmão fresco com dill leva brotos de alface e de agrião. O carpaccio é montado sobre salada de rúcula e coberto por alcachofrinhas, alcaparras, parmesão fatiado e molho de mostarda.
Há massas interessantes, como gnocchi de abóbora com molho de camarão. Às sextas, um ravióli de bacalhau com molho branco. Mas elas nem sempre saem perfeitas, caso das penne (muito cozidas) com molho ralo de lulas e açafrão.

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