São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995 |
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Suicídio é arma de fracos e covardes
PAULO COELHO
"Entrei no laboratório de química da escola e peguei o vidro de veneno. Coloquei num copo diante de mim, olhei bastante, reparei na cor e imaginei o possível gosto que teria. Então aproximei o ácido de meu rosto e senti seu cheiro; neste momento, minha mente deu um salto até o futuro -e eu podia senti-lo queimando a minha garganta, abrindo um buraco no meu estômago. "A sensação dos danos causados pelo ácido era tão real, que parecia já tê-lo bebido. Foi então que tive certeza que não queria aquilo. Fiquei alguns momentos segurando o copo em minhas mãos, saboreando a possibilidade da morte, até pensar comigo mesmo: 'Se sou valente para me matar, também sou valente para continuar vivendo'. Texto Anterior: Tornatore repete 'Paradiso' Próximo Texto: Bomba! Bomba! A parada que anda! Índice |
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