São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995
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Brasileiro em St. Martin diz que todos estão bem

JOÃO CARLOS SILVA

JOÃO CARLOS SILVA; PAULO HENRIQUE BRAGA
DA FOLHA RIBEIRÃO

PAULO HENRIQUE BRAGA
Um casal de Ribeirão Preto que está na ilha de St. Martin (Caribe), atingida pelo furacão Luis, conseguiu ontem avisar à família que não há vítimas entre os turistas brasileiros.
A notícia foi dada, por telefone, pelo engenheiro José Roberto Romero, que viajou em férias com a mulher, Leila, e o filho, Roberto.
Eles fazem parte de um grupo de 14 pessoas de Ribeirão Preto (319 km a norte de São Paulo) e estão entre os 255 brasileiros que embarcaram no sábado em uma excursão para a ilha.
"Foi uma conversa de três minutos. A ligação estava muito ruim e acabou caindo. Eles ligaram para tranquilizar a família, pois todos estavam preocupados", disse a cunhada do casal Romero, Angela Rebehy.
A família buscava informações do casal Romero desde a última quarta-feira. O grupo de turistas está abrigado no hotel Maho Beach, em St. Martin.
Apesar da falta de energia e de água na ilha, José Romero afirmou, durante a conversa com Rebehy, que o grupo não enfrenta desabastecimento de comida.
No hotel, um único telefone está funcionando.
"Pelo que disseram, os fios de telefones foram todos danificados por causa do furacão."
Um avião da companhia aérea Sky Jet ficou de prontidão em Cumbica aguardando a liberação do aeroporto de St. Martin para efetuar o resgate dos 255 brasileiros que estão na ilha.
A companhia soube ontem que o aeroporto foi aberto para resgate e primeiros socorros, mas a liberação não incluía vôos comerciais.
O diretor de operações da Sky Jet, Marcos Mirzeian, disse que a aeronave não sairá de São Paulo enquanto não houver garantias de segurança no aeroporto de St. Martin.
"Não há previsão de abertura do aeroporto, e só esperamos receber informações a partir de amanhã (hoje) e decidir sobre a saída do vôo", afirmou.
Ontem era praticamente impossível conseguir comunicação de qualquer tipo com a ilha.
Mirzeian aguardava para hoje informações sobre a situação no local que seriam trazidas a Curaçao por um avião militar que partiu ontem para St. Martin.
Segundo ele, o avião da empresa (um DC-10) pode ter que sair de St. Martin com a lotação total (337 passageiros), levando pessoas que também necessitem deixar o local.
Também pode ocorrer que a aeronave não venha para o Brasil, mas deixe os passageiros, a salvo, em alguma ilha do Caribe e retorne para resgatar outras pessoas, caso isso seja solicitado pelas autoridades locais.

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