São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995 |
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China rebate acusação dos EUA
JAIME SPITZCOVSKY
Assim o governo chinês respondeu às críticas feitas quarta-feira pela primeira-dama dos EUA, Hillary Clinton. Ela foi a Pequim participar da Quarta Conferência Mundial da Mulher, e, em seu discurso, aproveitou para disparar contra políticas do governo chinês. Sem citar a China, Hillary Clinton criticou regimes que promovem abortos e esterilizações forçadas. O governo chinês aplica uma política de controle de natalidade conhecida como "um casal, um filho", que provoca os problemas levantados pela primeira-dama dos Estados Unidos. O discurso de Hillary surpreendeu pela veemência. EUA e China atravessam uma crise diplomática, classificada pelos chineses de a pior dos últimos 16 anos, e o discurso da primeira-dama colocou mais lenha na fogueira. A reação chinesa, no entanto, só saiu ontem, e foi cautelosa se comparada a outras ocasiões semelhantes. Pequim tem emitido sinais de que deseja a reaproximação com Washington. O estopim da crise diplomática foi o visto de entrada que os EUA concederam em junho passado a Lee Teng-hui, presidente de Taiwan. A China considera Taiwan uma ilha rebelde e, buscando forçar reunificação, tenta impor isolamento diplomático. Taiwan é o refúgio dos nacionalistas que perderam a guerra civil para os comunistas em 1949. A China admite que outros países mantenham apenas laços não-oficiais com a "ilha rebelde", ou seja, vínculos nas áreas cultural e econômica. (JS) Texto Anterior: Conferência da mulher começa a discutir termos do documento final Próximo Texto: Muralha abriga ato de mulheres; 10%; Ativistas tentam libertar professora; Pequim tem ato contra os testes; Delegadas de Ruanda pedem ajuda mundial; Incêndio mata 23 mulheres em fábrica Índice |
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