São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995
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Publicidade consome R$ 48 mil

DA FOLHA SUDESTE

O prefeito de Campinas, José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), gastou no mês passado R$ 48 mil com uma campanha publicitária veiculada em jornais e emissoras de rádio e TV da região para divulgar o projeto de renda mínima.
Com esse dinheiro, Magalhães Teixeira poderia atender 452 famílias, levando em consideração o valor médio de R$ 106 entregue pela Secretaria de Promoção Social.
Desde março, quando o projeto foi implantado no município, Magalhães viajou mais de 15 vezes para promover palestras e participar de iniciativas semelhantes em outros cidades.
Já esteve em Goiânia (GO), Salvador (BA), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ), entre outros municípios.
A oposição em Campinas considera que o espírito do programa foi concebido para projetar em nível nacional a imagem do prefeito, para lhe dar cacife em uma possível opção do PSDB para o governo do Estado, na sucessão de Mário Covas (PSDB).
"O prefeito aparece como o criador da solução do problema da miséria", diz o vereador Sérgio Benassi (PC do B).
Apesar de a idéia original da renda mínima ter sido lançada pelo senador Eduardo Suplicy (PT), a bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara municipal também se posiciona contra o projeto.
"Estamos instituindo a esmola oficial e o prefeito está usando politicamente a proposta", diz o vereador César Nunes.
Outro lado
Magalhães Teixeira defende o programa de renda mínima afirmando que se trata de uma idéia que resgata a cidadania da população. Para ele, a ajuda tem o objetivo de levar um "pouco de conforto" para a população mais carente."Não existe marketing nenhum."

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