São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995
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Terapia ocupacional é carreira em alta

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

O baixo número de profissionais e o crescimento dos campos de atuação traçam a tendência na área de terapia ocupacional: boa oferta de empregos.
A opinião é de Selma Lancman, coordenadora da Faculdade de Terapia Ocupacional da USP (Universidade de São Paulo).
"A maior dificuldade que encontramos são os baixos salários (R$ 800, em média) e a falta de reconhecimento da população."
O terapeuta ocupacional trabalha com a reabilitação física e mental dos pacientes. O objetivo é proporcionar melhor qualidade de vida. Também atua na prevenção de problemas de saúde.
São três novas especialidades: tratamento de doenças e problemas de saúde do trabalhador; de mãos e de recém-nascidos.
A descentralização do sistema de saúde promovida pelo governo federal, que enfatiza as redes municipais e estaduais, também tem proporcionado mais ofertas de trabalho, segundo Lancman.
"Mas a maioria ainda ganha pouco e precisa manter dois empregos para sobreviver", afirma Maria Cristina Blanco Struffaldi, 40, conselheira do Crefito (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional).
Montar uma clínica particular é a solução encontrada para escapar da baixa remuneração.
"Mesmo quem está formado só há três anos tira uns R$ 2.500. Claro que isso quem é competente e mais conhecido na área", afirma Ely Kogler, proprietária de clínica especializada há 29 anos. Seu faturamento mensal é de R$ 90 mil.
Para Janine Gomes Cassiano, 33, chefe do Departamento de Terapia Ocupacional e Fisioterapia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), tida como uma das boas faculdades da área, o trabalho autônomo é uma tendência.
As melhores oportunidades, segundo ela, se concentram em São Paulo e Minas Gerais.
"Mas há trabalho em todos os Estados do país", diz a conselheira do Crefito.
"Afinal, nada menos do que 10% de nossa população é formada por deficientes físicos."

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