São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995
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Japão decreta fim do emprego vitalício

Desemprego em abril foi de 3,2%
JAMES COX
MARK SCHILLING

JAMES COX; MARK SCHILLING
DO "USA TODAY"

Mais de cem jovens se reuniram em Tóquio na semana passada para um ritual que está começando a desaparecer da vida empresarial japonesa.
Eram assalariados recém-formados, contratados por uma empresa de "commodities" (produtos básicos).
Vieram para ouvir um discurso do presidente e receber envelopes com instruções para as primeiras tarefas de trabalho.
Porém, os novos contratados ouviram também um alerta. O tema era a publicação recente pelo governo japonês de estatísticas revelando uma alta inusitada do índice de desemprego.
Segundo as estatísticas, o índice japonês em abril foi de 3,2% -cifra que soa baixíssima nos Estado Unidos, onde um índice de 5% a 5,5% é considerado baixo.
Apesar disso, as estatísticas levaram executivos, especialistas e acadêmicos japoneses a falarem em voz alta o que muitos já vinham pensando: os empregos vitalícios garantidos dos trabalhadores japoneses estão se tornando coisas do passado.
"Em nossa empresa os empregos vitalícios estão sumindo", diz Hirokazu Yoshikawa, gerente da Dowa Minning.
Yoshikazu Kawana, alto executivo da Nissan, comenta: "Acho que não é mais possível manter essa tradição".

Tradução de Clara Allain

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