São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Só 50% dos membros vão à instalação da comissão

Senador comemora 'quórum numa terça-feira de manhã'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O esforço de moralização da Comissão de Orçamento do Congresso começou mal.
A nova comissão, incumbida de fazer uma limpeza nos esquemas de corrupção denunciados pela CPI do Orçamento em 1993, iniciou seus trabalhos ontem com baixa presença de deputados e senadores.
O quórum -número mínimo de parlamentares presentes- para eleição do novo presidente da comissão, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e posse do relator do Orçamento do próximo ano, deputado Iberê Ferreira (PFL-RN), só foi atingido depois de uma hora da instalação.
O baixo quórum esvaziou o tom solene que os presidentes do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), queriam imprimir ao início dos trabalhos da nova comissão. Até um local privilegiado, o plenário do Senado, foi reservado para a sessão de posse.
Tanto Sarney como Luís Eduardo estão empenhados em se projetar politicamente como os responsáveis pela recuperação de uma boa imagem pública do Congresso e elevaram a moralização da votação do Orçamento à condição de prioridade. "Ela é fundamental para o prestígio do Congresso", disse Sarney.
Apesar da baixa presença -compareceram apenas 56 dos 112 membros titulares e suplentes da comissão-, Renan Calheiros considerou que "foi uma vitória ter conseguido quórum numa terça-feira de manhã".
No projeto que estabelece novas regras para a votação do Orçamento, há um dispositivo que prevê o desligamento da comissão do integrante que faltar, sem justificativa, a mais de três sessões consecutivas ou seis alternadas. O projeto deve ser votado hoje pelo Congresso.

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