São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995 |
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Governo negocia com invasores
ABNOR GONDIM; DANIELA PINHEIRO
Uma negociação para suspender a ordem de despejo contra os trabalhadores rurais foi intermediada ontem pela Presidência da República e pelo governo de Minas Gerais. A remoção das famílias só vai acontecer quando o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) encontrar terras disponíveis para o assentamento, o que pode durar dois dias ou dois meses, de acordo com o instituto. A retirada dos sem-terra deveria ser realizada até amanhã, segundo a liminar de reintegração de posse expedida pelo juiz João Martiniano Neto. A Polícia Militar, responsável pela remoção, foi afastada da área em que estão os trabalhadores a pedido do governador Eduardo Azeredo (MG). Os sem-terra comemoraram a notícia -que ouviram pelo rádio- dando conta de que a ordem de despejo havia sido suspensa. A assessoria do Incra confirmou que pediu para a Presidência da República intermediar uma solução. Mas os oficiais responsáveis pela operação, tenente-coronel Geraldo Oliveira e o major Severo Augusto da Silva Neto, disseram que a ordem de despejo continua valendo. Líderes da ocupação da fazenda Barriguda disseram ontem que o governo petista do Distrito Federal prestou apoio aos sem-terra na invasão. O governo do DF negou ter dado ajuda para a invasão. (Abnor Gondim e Daniela Pinheiro) Texto Anterior: Quércia critica Sarney e apóia Paes Próximo Texto: Presidente inicia nova viagem à Europa Índice |
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