São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Grupo acusado de extorquir dinheiro em nome de programa social é preso

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A Polícia Federal descobriu uma quadrilha de estelionatários que se faziam passar por representantes do Comunidade Solidária, programa social do governo federal, para extorquir dinheiro.
Segundo a assessoria da PF, seis integrantes da quadrilha foram presos em flagrante por estelionato há uma semana pela Polícia Civil de São Paulo quando tentavam descontar um cheque de terceiros num banco da capital paulista.
As investigações começaram a partir da denúncia da tradutora Ângela Kaminski, 45, ao Comunidade Solidária, presidido pela mulher do presidente da República, a socióloga Ruth Cardoso.
Kaminski mora em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte/MG) e, em julho, foi procurada por uma pessoa que se identificou como general Saldanha da Cunha, do Instituto Brasileiro de Educação. O "general" disse que ela havia sido escolhida para o prêmio "Profissional do Ano".
Kaminski disse que não desconfiou de nada até alguns dias depois, quando recebeu a visita de um homem que se apresentou como "emissário do general".
Ele pediu que ela fizesse uma contribuição de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 ao programa Comunidade Solidária. Ela ligou para o escritório do programa em Brasília e descobriu que não havia nenhuma entidade chamada IBDE ligada ao Comunidade Solidária.
A assessoria do programa informou que nenhuma entidade ou pessoa está habilitada a pedir ou receber doações em seu nome.

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