São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Garoto morre após operação de fimose

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma cirurgia de fimose -retirada da pele que recobre a glande do pênis- causou a morte do menino Eduardo Guimarães Barros, de 3 anos e meio. Uma falha humana ou de equipamento teria ocorrido no pós-operatório, fase em que o paciente fica sob observação antes de voltar para o quarto.
Eduardo sofreu uma parada cardiorrespiratória após a cirurgia e morreu no domingo, depois de 20 dias em coma. A família está acusando de negligência o Hospital Evaldo Foz, que o operou. A polícia abriu um inquérito e o Conselho Regional de Medicina investiga o caso.
"Não queremos indenização. Queremos a punição do responsável para que falhas como essas não matem mais pacientes", diz o pai do menino, Gilberto de Melo.
O Evaldo Foz atende principalmente associados da Interclínicas. A família é associada há dez anos e sempre foi atendida no hospital. Eduardo e seu irmão Fernando, 8, nasceram ali mesmo.
No dia 22 de agosto, o pai levou os meninos para a operação de fimose. Eduardo foi primeiro e pouco depois da cirurgia entrou em coma. O irmão Fernando diz que quando acordou, na sala do pós-operatório, não havia ninguém cuidando dele.
"Isso nos faz crer que Eduardo morreu porque não recebeu cuidados com a rapidez necessária", diz o pai. "Uma auxiliar de limpeza nos disse que foi ela quem alertou a enfermagem para o estado de meu filho."

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