São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995 |
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Menino saiu ótimo da cirurgia, diz hospital
AURELIANO BIANCARELLI
Nos 12 anos de existência do hospital, foi a primeira morte nessas circunstâncias, diz o diretor. "Temos equipamentos e pessoal treinado no pós-operatório", afirma Silva. O neurocirurgião Jader Pacheco Rabello, 42, do Hospital Albert Einstein, diz que "houve uma falha estrutural nos pós-operatório". Rabello foi solicitado pela família para acompanhar o caso quando o menino já estava em coma irreversível. "Pode ter sido um problema na anestesia, na vigilância da enfermagem ou na própria criança. Só uma investigação indicará a verdadeira causa", diz. Quanto à UTI, Rabello diz que o hospital vinha oferecendo atendimento de primeira linha. A sala de pós-operatório faz parte do próprio centro-cirúrgico e existe para que os pacientes sejam acompanhados antes do retorno ao quarto. "Todas as anestesias trazem risco e são elas que provocam maior mortalidade nas cirurgias", diz Rabello. Segundo o anestesiologista Salvador Cromberg, do Hospital das Clínicas, o pós-operatório deve contar com médicos e equipamentos como eletrocardiogramas e oxímetro, aparelho que alerta para problemas na oxigenação pulmonar. O diretor do Evaldo Foz diz que o hospital conta com todos os equipamentos. "Eles são usados em pacientes que estão em risco, e o menino Eduardo estava muito bem." Três minutos sem oxigenação já provocam danos irreversíveis no cérebro. Segundo o CRM, existem hoje no Estado 2.227 denúncias sendo investigadas e 768 processos contra médicos em andamento. Em 80% dos casos, trata-se de erro ou negligência. Mas apenas 35 das denúncias têm a ver com anestesia. (AB) Texto Anterior: Garoto morre após operação de fimose Próximo Texto: Escola de samba homenageará Zumbi Índice |
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