São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995![]() |
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Familiares têm opiniões distintas
EMANUEL NERI
"Lamento imensamente que a Câmara tenha se dobrado ao temor do governo", diz Suzana Lisboa, da comissão de familiares. Amélia Teles, da mesma comissão, também criticou. "A decisão de não investigar as circunstâncias das mortes vai ficar atravessada em nossa garganta", afirma. "É lamentável que o Legislativo tenha impedido a sociedade de debater." Eunice Paiva, viúva do deputado Rubens Paiva, morto em 1970, e o reverendo Jaime Wright, irmão do deputado Paulo Stuart, morto em 1973, apoiaram a aprovação. "O projeto vai além do que nossa família esperava", diz Eunice. "Nós pedíamos a certidão de óbito. Não fazíamos nem questão de indenização." "É um marco na história do Brasil pós-ditadura", diz Wright. "O projeto é um mea-culpa. O governo reconhece que as 136 pessoas foram torturadas e mortas quando estavam sob custódia das Forças Armadas." Texto Anterior: Câmara aprova projeto de indenizações Próximo Texto: Sindicalistas e empresários lançam manifesto Índice |
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