São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995![]() |
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PPR e PP se fundem e querem ministério
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA PPR e PP oficializam hoje sua fusão e já querem assumir um ministério do governo Fernando Henrique Cardoso. Ontem, as duas legendas fizeram convenções em separado em que ratificaram o processo de criação do novo partido.No PPR, a fusão contou com 191 votos contra 24. No PP, ela foi ratificada por 115 votos a favor contra 12. O nome da nova legenda será definido hoje. A associação se realiza sob os estímulos de FHC, interessado em diminuir a dependência do governo em relação ao PFL nas votações no Congresso. Há duas semanas, o presidente, em reunião com as bancadas do PP e do PPR, assumiu a condição de padrinho da articulação. A nova legenda vai incorporar ainda o PRP, que tem um representante no Congresso: o deputado Adhemar de Barros Filho (SP). Se não houver defecções, ele nascerá como 85 deputados (47 do PPR, 37 do PP) e nove senadores (6 do PPR, 3 do PP). Será a terceira formação do Congresso, atrás apenas do bloco PFL-PTB (123 deputados e 25 senadores) e do PMDB (103 deputados e 22 senadores). Por exigência do PP, o líder do PPR na Câmara, deputado Francisco Dornelles (RJ), concordou em renunciar à função em favor do deputado Odelmo Leão (PP-MG). A exigência causou descontentamentos no PPR, mas deu força a um movimento para que Dornelles vire ministro num eventual remanejamento no ministério de FHC. Embora os líderes da fusão digam que não exigirão cargos no governo, o senador Esperidião Amin (PPR-SC), que presidirá o novo partido, disse que a premiação com uma pasta será um desdobramento lógico da rearrumação da base governista no Congresso. "Eu, se fosse o presidente, queria esse novo partido no ministério. E o Dornelles tem currículo e biografia para ocupar qualquer cargo público nesse país", disse Amin à Folha. A negociação para divisão de cargos foi intermediada pelo prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. Pelo acordo firmado ontem, além da liderança na Câmara, o PP deverá ficar com o líder no Senado, Bernardo Cabral (AM), e o secretário-geral, deputado Benedito Domingos (DF). Além da presidência, o PPR fica com a primeira-vice-presidência destinada ao deputado Delfim Netto (SP). Texto Anterior: Stephanes afirma que Estado está quebrado Próximo Texto: Brizola pressiona PT a aprovar contas Índice |
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