São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Policiais da PF carioca são alvo de investigação

DA SUCURSAL DO RIO

O superintendente da Polícia Federal, Vicente Chelotti, disse ontem que mais de 60 policiais federais lotados no Rio estão sendo investigados por envolvimento com atos ilícitos.
Um grupo de elite de delegados da PF está no Rio desde julho para as investigações. Chelotti não quis dar o prazo final da operação.
"Há algum tempo a corrupção de uma minoria vem incomodando e acovardando os bons policiais do Rio", afirmou.
Ele disse que entre os delegados investigados estão o titular da delegacia da PF em Niterói, Wanderley Martins de Brito, e o responsável pela Dops (Delegacia de Ordem Política e Social), Paulo Roberto Rosa.
Os dois foram denunciados em novembro pelo Ministério Público Federal por não terem dado prosseguimento a um inquérito contra o empresário Júlio Lopes.
Chelotti afirmou que a maioria das investigações é por crime de prevaricação -recusa de um funcionário público em realizar sua função, caracterizando omissão.
A Folha apurou, no entanto, que a investigação envolve também denúncias de facilitação de fuga de presos sob custódia, abuso de autoridade, desaparecimento de mercadorias, extorsão e envolvimento com o jogo do bicho.

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