São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Exposição na Fiocruz conta sumiço de Carelli

DA SUCURSAL DO RIO

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) inaugurou ontem, no saguão nobre da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (centro do Rio), uma exposição de fotos e textos sobre o desaparecimento de Jorge Antônio Carelli, funcionário da entidade.
O objetivo da exposição é pressionar a Corregedoria de Polícia Civil a dar prosseguimento ao inquérito que investiga a participação de policiais da DAS (Divisão Anti-Sequestros) no sumiço de Carelli.
O inquérito foi aberto há dez dias pelo corregedor Luiz Gonzaga de Lima Costa. O presidente do inquérito, delegado José William de Medeiros, tem mais 20 dias para apresentar suas conclusões.
Carelli tinha 30 anos quando desapareceu, em 10 de agosto de 93, na favela da Varginha (Manguinhos, zona norte do Rio). Segundo testemunhas, ele foi capturado por policiais da DAS que faziam uma incursão na favela.
No ano passado, a Justiça absolveu 22 policiais civis, acusados de terem sequestrado Carelli.
A reabertura do caso ocorreu por causa das declarações da presidiária Lindalva dos Prazeres, que afirma ter visto Carelli, agonizante, em uma suposta sala de torturas da antiga sede da DAS, na Barra da Tijuca (zona sul do Rio).

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