São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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39 milhões de brasileiros não têm acesso a serviço de esgoto sanitário

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A demanda de investimentos do Brasil na área de saneamento é de R$ 25 bilhões. O déficit é maior nos serviços de esgoto sanitário.
Cerca de 39 milhões de pessoas no país, 26% da população, não têm acesso a um serviço adequado de esgoto sanitário.
Na região Norte, só 1,72% dos domicílios urbanos contam com o serviço. O Sudeste tem o melhor índice (70,45%). A média brasileira na rede pública é de 49,01%.
Esses números fazem parte de um relatório da Secretaria de Política Urbana, do Ministério do Planejamento. Eles foram consolidados com base no censo de 1991.
No abastecimento de água, a média brasileira é melhor -86,34% dos domicílios urbanos são beneficiados. O pior índice ocorre na região Norte (67,47%). No Sudeste, o índice é 93,53%.
A estimativa do governo é de uma necessidade anual de R$ 2,5 bilhões de investimentos para eliminar o déficit nos serviços de água e esgoto até o ano 2.010.
No Plano Plurianual encaminhado ao Congresso, o governo prevê R$ 10 bilhões de investimentos na área nos próximos quatro anos.
As periferias das grandes cidades concentram as populações mais prejudicadas. De um total de 7,8 milhões de domicílios, 3 milhões não contam com ligações de água e 4,4 milhões não dispõem de serviços adequado de esgotos.
Segundo o Ministério da Saúde, 65% das internações hospitalares resultam da inadequação dos serviços de saneamento. A diarréia é responsável por 50 mil mortes de crianças.

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