São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Participantes de simpósio exigem repasse de recursos para a Saúde

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A saúde pública precisa de mais recursos imediatamente e não pode esperar pela solução de problemas de fraudes e de desperdício.
O governo tem de injetar mais dinheiro ao mesmo tempo que combate o desperdício.
Essa posição será defendida em documento público, pelo 1º Simpósio Internacional sobre Política de Saúde e Financiamento, promovido pela Comissão de Seguridade Social da Câmara.
Segundo o deputado José Aristodemo Pinotti (PMDB-SP), coordenador do simpósio, "os argumentos sobre a existência de fraudes e desperdícios não justificam o baixo investimento em saúde pública no Brasil.
Não existe consenso sobre o montante de fraudes. Uma comissão de parlamentares que investigou o assunto em 94 apurou que 30% dos recursos se perdem em fraudes e desperdícios. O governo contesta esse resultado.
Um consenso entre os participantes do simpósio é que a boa administração e o combate aos desperdícios são fundamentais, mas que, com o atual nível de recursos, será difícil oferecer saúde pública de qualidade.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estipula em cerca de R$ 300 o investimento anual per capita mínimo para um bom pacote de saúde. Em 95, o Brasil está investindo cerca de R$ 90 per capita.
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Sobre propostas para a Saúde à pág. 8.

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