São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995 |
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Preços dos serviços explodem
FERNANDO GODINHO
A equipe econômica avalia que estes preços estão totalmente fora de controle. Conforme a Folha antecipou na última terça, a idéia é dar o nome e o endereço dos estabelecimentos no maior número de cidades, junto com os preços praticados. Desta forma, a concorrência seria estimulada e os preços desses serviços seriam pressionados para baixo. Para uma inflação de 17,66% entre janeiro e agosto deste ano, medida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os serviços médicos registraram uma elevação média de 43,92%. Os serviços pessoais subiram 40,4% no período, também em média. Acima destas médias estão serviços como barbeiro (48,96%), médico (48,82%), dentista (47,87%) e oculista (43,74%). "Estes preços têm espaço para deflação (inflação negativa)", avalia o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gesner de Oliveira. O governo pretende divulgar as listas em veículos de comunicação (rádios e TVs, principalmente). As informações também deverão estar disponíveis em terminais de computador -neste caso, apenas nas cidades onde haja esse tipo de infra-estrutura. As listas serão montadas pela Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento), que hoje já faz pesquisas em 11 capitais do país e em mais cem cidades de menor porte. "Apesar de a inflação estar em queda, estes preços estão contaminando os índices inflacionários", afirma Oliveira. Texto Anterior: Inflação de setembro deve cair para 0,5% Próximo Texto: Locaute ameaça transporte de combustível Índice |
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