São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995![]() |
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México registra fuga de US$ 21 bi em 95
FLAVIO CASTELLOTTI
Dados da própria Bolsa destacam que a diminuição se deve principalmente à maciça amortização de Tesobônus (Bônus de Tesouraria) por parte dos investidores estrangeiros. Em dezembro de 1994, havia US$ 21,1 bilhões em Tesobônus nas mãos de estrangeiros. Ao final de agosto, essa quantia caiu para US$ 7,3 bilhões. Os Tesobônus foram responsáveis por 65% da diminuição de capitais externos. Os outros 35% (US$ 13,8 bilhões) correspondem à queda da participação direta de estrangeiros em empresas. O presidente Ernesto Zedillo disse ontem, em almoço com investidores norte-americanos, que não vai "colocar cadeados" na entrada de capitais estrangeiros. Ou seja, apesar de o México ter sido o país que mais sofreu com os capitais voláteis, Zedillo afirmou que não criará um imposto para restringir a entrada de dinheiro, seja ele de curto ou longo prazo. Afirmou também que não pretende adotar o sistema chileno, o qual impõe um prazo mínimo de um ano de permanência para os capitais externos em Bolsa. "Isso vai repercutir muito bem em Wall Street", disse Robert Lovelace, vice-presidente da Capital Research Co., que foi ao almoço. Risco-país "Continua em baixa a classificação do risco-México a curto prazo", afirmou ontem Philip Bates, diretor financeiro da Standard & Poor's, empresa que classifica trimestralmente o risco-país de mais de 120 nações do mundo. Para Bates, o que mais gera incerteza hoje no México é a maneira pela qual será conduzida a reativação econômica do país. O diretor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Alejandro Valenzuela, reconheceu que a previsão de que o PIB (Produto Interno Bruto) cairia somente 2% em 95 foi otimista demais. Ele prevê uma queda de 4% a 5%. Texto Anterior: Uma saída para a TV pública Próximo Texto: FMI divulga desembolso recorde Índice |
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