São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995 |
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PMs infiltrados vão a 'jogo da paz'
ARNALDO RIBEIRO
Esse efetivo seria normalmente utilizado para separar as torcidas dos dois times no estádio. No domingo, entretanto, não haverá divisão de torcidas por determinação da Federação Paulista de Futebol, promotora do evento. Além dos agentes infiltrados, a PM terá mais 130 homens cuidando do policiamento interno. Em um clássico "comum", a PM costuma usar 110 homens dentro do estádio. O Comando do Policiamento Metropolitano será o responsável pelo controle da entrada, saída e vias de acesso do Pacaembu. Cerca de 54 policiais com motos e outros 60, a cavalo, participarão do esquema. Outra novidade será a presença de cinegrafistas da polícia nos seis portões de entrada do Pacaembu. Segundo a PM, as câmeras foram cedidas pelas diretorias de Corinthians e Palmeiras. A polícia tem uma outra câmera, instalada sobre as arquibancadas. "Vamos filmar a entrada de todos os torcedores e alguns, de forma aleatória, terão que falar seus nomes para as câmeras e mostrar os seus documentos. As imagens servirão para eventuais identificações", disse o major Sílvio Villar, do 2º Batalhão de Choque. Villar acredita que as torcidas organizadas cumprirão a promessa de boicotar o "jogo da paz". "Com as últimas medidas, elas estão desfiguradas como grupo." A Associação das Torcidas Organizadas de São Paulo prepara manifestação fora do Pacaembu. A Atoesp deve levar três baterias de samba e várias bandeiras. Segundo a entidade, além de distribuir rosas e panfletos "antiviolência", os cerca de 1.000 uniformizados prometem doar dez toneladas de alimento para a campanha da fome, liderada pelo sociólogo Betinho, que também lançou a campanha "Paz no Futebol". Os uniformizados vão ficar fora do estádio até o final do jogo. Texto Anterior: Federação compra ingressos e amplia postos de venda Próximo Texto: Torcedor tem que dizer se vai ao estádio Índice |
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