São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Trilhas revelam lendas das serras mineiras

ROBERTO DE OLIVEIRA
DO ENVIADO ESPECIAL

A serra Preta, em Delfinópolis, oferece ao turista 30 trilhas diferentes para a prática do trekking e do turismo ecológico. Parte das trilhas pode ter o mesmo local de acesso, mas cada uma oferece caminhos diferentes que reservam surpresas naturais inesquecíveis pela serra e pela mata.
As principais trilhas ecológicas ganharam nomes dos moradores de Delfinópolis. Uma das mais conhecidas é a trilha "Chora Muié".
Numa época que ninguém sabe explicar quando, dois homens e uma mulher cruzaram a serra Preta com destino a Delfinópolis.
No vale da Guarita, que fica atrás da serra Preta, os três aventureiros seguiam por uma trilha reta quando se depararam com uma encosta formada por uma espécie de paredão de pedras. Assustada, a mulher começou a chorar e se recusou a descer a serra.
Um boiadeiro, que atravessava parte da serra Preta com o gado, resolveu parar para se refrescar nas águas cristalinas de uma das mais de 150 cachoeiras da região.
Quando retornava para o seu rebanho, o boiadeiro se perdeu e seguiu por uma trilha desconhecida. O jovem saiu rolando morro abaixo, num caminho conhecido por trilha do Rolador.
Motoqueiros que também se aventuram por parte das trilhas da serra Preta elegeram seu trajeto favorito: a trilha do Medroso. Depois de caminhar numa superfície plana, o turista se depara com uma encosta superior a 200 metros. A trilha do Zé Carlinhos liga a serra Preta à serra do Cemitério. A caminhada segue em direção ao pico mais alto da região de Delfinópolis, um lugar com 1.340 metros de altitude.

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