São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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A nova era

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Comeou terça-feira, com a primeira e a segunda manchetes do Jornal Nacional:
- Quatrocentas mil pessoas podem perder linha do telefone celular. O escândalo envolve empresas fantasmas.
Continuou na quarta, sempre nas manchetes:
- O tempo da propaganda eleitoral no rádio e na TV pode ser reduzido.
Também na quinta, desde a primeira manchete:
- Henrique Hargreaves, o presidente dos Correios, pede demissão. Donos de celular correm para saber se estão na lista negra do telefone.
Em nova era, a Globo não tem mais Alexandre Garcia, que foi sacrificado em expiação formal.
Formal -porque o Jornal Nacional nunca foi tão ajustado ao poder. Não o poder formal, mas aquele outro, o real, mas não o real Fernando Henrique. Assim, manchetes e manchetes para a telefonia celular, para a redução da propaganda tanto na TV quanto no rádio.
Em nova era, a Globo não tem mais Alexandre Garcia, mas Paulo Henrique Amorim, antes sonhado para porta-voz de Fernando Henrique, aparece como nunca.
Surge para falar longamente da News Corporation, da nova aliança. Surge para falar, esta última semana, da AT&T, da nova aliança.
Em tudo, da entrega de um prêmio do Jóquei no Fantástico à cerimônia das novas alianças no Jornal Nacional e outros, não mais Roberto Marinho: Roberto Marinho.
Recado
Milton Dallari sacrificado por uns, Henrique Hargreaves por outros. Fernando Henrique cansou do jogo e mandou um recado da Europa. Com Mônica Waldvogel, no SBT:
- Eles, quando vêm para o governo, têm que se desligar dos escritórios.
- Ou seja, assessores que têm contratos em vigor devem pedir demissão.
- Ou cancelar os contratos.
Alerta
Junto ao "alerta do campo" do PT -desejoso de controlar os descontrolados sem-terra- um bispo lembrou a chacina e alertou de fato:
- Mas que haverá outros problemas gravíssimos, se não tiver uma reforma agrária, um começo, haverá.

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