São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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Campanha sobre preços em real vai custar R$ 4 mi para governo

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai lançar até o final do mês uma nova campanha publicitária sobre o real para mostrar as disparidades de preços de serviços, como consultas médicas e mecânica de automóveis. O custo estimado é de R$ 4 milhões.
O presidente Fernando Henrique Cardoso está convencido de que a elevação nos preços dos serviços traz uma ameaça de aumento da inflação. O alvo da campanha é a classe média, identificada como a consumidora desses serviços.
A expectativa do governo é de que, se for bem sucedida, a campanha contribuirá para a manutenção de índices baixos de inflação por mais tempo. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência fez uma pesquisa em que teria comprovado haver diferenças grandes nos preços.
Fernando Henrique já declarou recentemente, por intermédio do porta-voz Sérgio Amaral, que considera possível controlar preços de produtos com a entrada de importados, mas admite não ter controle sobre os serviços.
A campanha vai ser veiculada nas emissoras de TV, rádio e em revistas femininas e masculinas lidas por pessoas da chamada classe média. Em cada veículo, deverá ter um anúncio específico.
Em uma revista feminina, o governo mostrará as diferenças nos preços cobrados para revisão de carro por apostar no interesse das mulheres nessa área.
O Banco do Brasil está responsável pela produção e veiculação da campanha que terá a participação das quatro agências de publicidade que têm contrato com a instituição.
Ela será paga com recursos da cobrança de taxa pela emissão de cheque sem fundo, recolhidos pelo Banco Central.
Os recursos são recolhidos para o Recheque (Reserva para Promoção da Estabilidade da Moeda e do Uso do Cheque). O Conselho Monetário Nacional autorizou o uso da verba nas campanhas.

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