São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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Governo pretende mudar a rede de escolas técnicas

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal quer aumentar a quantidade de alunos na sua rede de escolas técnicas sem construir salas de aulas ou contratar professores. Vai ser possível sair delas depois de seis meses com um certificado na mão -não do curso inteiro, mas de um módulo.
Quem quiser aprender a utilizar e produzir softwares (programas de computador), por exemplo, não vai mais precisar fazer um vestibulinho para um curso de informática e estudar quatro anos em uma escola técnica federal. Se o aluno fizer todos os módulos do curso, poderá sair com o diploma.
Em algumas classes vai ser possível dobrar o número de alunos, segundo avaliação de Ruy Berger, diretor do Departamento de Desenvolvimento Educacional da Semtec (Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico) do MEC (Ministério da Educação).
Essas matérias práticas, que devem formar os módulos, estão no currículo a partir do 2º ano. Nessa etapa do curso há 40% menos alunos que nas classes iniciais. Repetem o primeiro ano 18% dos alunos e outros 22%, em média, saem da escola.
"Classes que hoje têm 20 alunos poderão ter até 40, incluindo os estudantes dos módulos."
Para o secretário de Ensino Médio e Tecnológico do MEC, Átila Lyra, a proposta pode diminuir o número de alunos de escolas técnicas que abandonam a profissão.

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