São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995 |
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Xingamento lidera queixas
ESPECIAL PARA A FOLHA Na Delegacia de Investigações sobre Crimes Raciais de São Paulo, a maioria das queixas registradas é de xingamento.Em 1993, foram abertos 41 inquéritos policiais por crime de injúria, contra apenas 7 por crime de racismo. Em 1994, a situação repetiu-se: 49 inquéritos por injúria e 11 por racismo. Em 1995, até 13 de setembro, a situação já se encontra mais equilibrada: 16 inquéritos por injúria, 20 por preconceito racial, 1 por injúria e calúnia, 2 por injúria e ameaça, 1 só por ameaça e 1 resultante de flagrante de desacato (mulher desacatou e ofendeu guarda de trânsito negro). "Como a lei fala em impedir, recusar, obstar, negar, é difícil a comprovação. Por exemplo, impedir acesso a restaurante ou bar. O acusado nega, diz que houve um mal-entendido. Além disso, dificilmente há testemunhas do ato de impedimento", conta Baldi. O mesmo acontece em casos de seleção profissional. É difícil provar que o candidato foi rejeitado por racismo e não por falta de qualificação. O empregador dirá sempre que havia um candidato melhor do que o que foi desqualificado durante o processo de seleção. Texto Anterior: Confusão beneficia os réus Próximo Texto: Morador quer rua asfaltada Índice |
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