São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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Investidores vendem ações para obter lucro

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Após alta de 11,6% no índice da Bolsa paulista em setembro até quinta-feira, os investidores decidiram vender ações para realizarem lucros. O resultado foi a queda de 0,18% no indicador da Bolsa paulista ontem.
As notícias sobre acertos entre o governo e o Congresso para a privatização da Vale do Rio Doce fizeram com que os investidores procurassem adquirir os papéis da estatal. Ontem, as ações da Vale PN valorizaram-se 2,4%, ficando entre as maiores altas da Bolsa paulista.
A Comissão de Valores Mobiliários deu um prazo até a próxima segunda-feira para a Petrobrás esclarecer sobre eventuais investidores beneficiados por informações privilegiadas da descoberta de novo poço de petróleo.
Há expectativa na Bolsa de que o governo vá permitir reajuste nas tarifas públicas das estatais, principalmente da área de energia. As ações da Cemig PN estiveram entre as maiores altas ontem com valorização de 2,4%.
Ontem, os presidentes das Bolsas (Bovespa e BM&F) estiveram na Receita Federal para discutir a tributação sobre estrangeiros no mercado de capitais. Permanecem as indefinições sobre o assunto.
O fluxo cambial foi negativo no dia 14 em US$ 45,23 milhões. O superávit (saldo positivo) no câmbio até o dia 14 está em US$ 633 milhões.
O Banco Central manteve ontem os juros do over em 4,90% em dias úteis. O ministro Malan insiste que o recuo dos juros iniciado em junho será lento e gradual. No mercado futuro, a expectativa do mercado futuro de juros (DI) foi de rentabilidade de 3,20% para este mês, contra 3,21% no dia anterior.
Os títulos da dívida externa brasileira de juros vencidos e não-pagos (IDUs) atingiram a maior cotação do ano (85,50 centavos de dólar). O recorde histórico foi de 85,97 centavos em 16 de dezembro de 1994. Há expectativa de compra de títulos externos pelo governo brasileiro. Os juros dos títulos norte-americanos de 30 anos caíram de 6,46% ao ano no dia anterior para 6,41% ontem.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,100%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,90% para dias úteis, significando rendimento de 3,32% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,84% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,28% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 2,8992%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 23% e 38% ao ano. CDBs pós-fixados de 122 dias entre 17% e 18% ao ano mais TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,48% ao mês, projetando rentabilidade de 3,73%. Para 31 dias (capital de giro): entre 42% e 92% ao ano.
No exterior
Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,81% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: queda de 0,18%, fechando com 48.018 pontos e volume financeiro de R$ 245,025 milhões. Rio: valorização de 0,5%, encerrando a 21.402 pontos e movimentando R$ 37,671 milhões.
Bolsas no exterior
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.797,57 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.651,50 pontos. Em Tóquio, foi feriado.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,951 (compra) e R$ 0,952 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,951 (compra) e por R$ 0,953 (venda). "Black": R$ 0,955 (compra) e R$ 0,960 (venda). "Black" cabo: R$ 0,954 (compra) e R$ 0,958 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,960 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,20%, fechando a R$ 11,84 o grama na BM&F.
Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 14 foi positivo em US$ 796,25 milhões. As saídas financeiras foram maiores que as entradas de dólares em US$ 163,09 milhões. O saldo total está positivo em US$ 633,16 milhões.
No exterior
Segundo a "UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5464 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4883 marco alemão. Em Tóquio, foi feriado.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para setembro fechou a 3,20% no mês e para outubro a 2,94% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 48.900 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para setembro fechou a R$ 0,961 e a R$ 0,971 para outubro.

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