São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995 |
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Superávit deve ser de US$ 350 mi
LUIZ ANTONIO CINTRA
O saldo comercial é a diferença entre o total de exportações e o de importações realizadas pelo país. Segundo a ministra, o resultado oficial deve ser divulgado na próxima quarta-feira. Na avaliação de Dorothea, o país não corre o risco de voltar a ter déficits comerciais, como os que ocorreram entre os meses de novembro de 94 e junho de 95. "Já revertemos a tendência de déficits e daqui para a frente teremos equilíbrio ou superávit na balança comercial", disse. A ministra não quis comentar as notícias veiculadas pela imprensa, segundo as quais ela deixaria o cargo em uma reforma ministerial. "Já falaram isso outras vezes e não tenho nada a falar, isso é coisa da imprensa", afirmou. Para a ministra, o país deve fechar o ano com crescimento entre 5% e 6% do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país). "O crescimento que vai ser registrado é muito bom e muito grande, se comparado com o de países europeus, por exemplo." Para ela, não há risco da economia brasileira entrar em um processo recessivo. "O governo brasileiro está fazendo algo inédito, que é estabilizar a economia em um ambiente democrático e com crescimento econômico", disse Dorothea. O fato de o nível de emprego divulgado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) estar apresentando sucessivas quedas deve ser visto, diz a ministra, como algo "setorial". "Alguns setores precisam se adequar nessa fase de estabilização da economia", afirmou. Entre esses setores, estão o de calçados, o têxtil e o da indústria de autopeças. Dorothea Werneck esteve ontem na sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose, em São Paulo, onde se reuniu com a diretoria da entidade. O encontro discutiu a política de desenvolvimento para o setor, que prevê investimentos de US$ 13,2 bilhões nos próximos 10 anos. "Estamos procurando vários ministros para detalhar o plano para o setor, o próximo será o Serra", disse Bóris Tabacof, vice-presidente da entidade. Texto Anterior: Latasa investe em novas fábricas no país; Governo reduz alíquota para importação de peças; IBGE aponta retração na indústria em julho Próximo Texto: Motta e Malan debatem tarifas Índice |
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