São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995 |
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Construção tem duas fases básicas
ALEXANDRE SECCO
O projeto do reator está relativamente adiantado e a Marinha já sabe como produzir o combustível, o urânio enriquecido. Enriquecer o urânio é basicamente um processo de separar o joio do trigo. O urânio que existe em abundância na natureza é o isótopo 238. O que interessa para geração de energia é o isótopo 235. Colocando o urânio 238 em supercentrífugas separa-se o mais pesado do mais leve. Esse mais leve (o 235) é o que interessa. É a mesma tecnologia necessária para fazer uma bomba atômica. Em tese, qualquer país capaz de enriquecer urânio pode fazer a bomba atômica. À Marinha falta construir um reator capaz de gerar potência, testá-lo e construí-lo em tamanho pequeno o bastante para colocá-lo dentro de um submarino. O reator atual foi construído propositalmente para gerar uma potência muito baixa, o bastante para uma lâmpada caseira. Aprendendo como construir submarinos convencionais a Marinha acredita que estará se adiantando o suficiente para ficar a um passo de saber como adaptá-lo para ser equipado com um reator nuclear. Texto Anterior: Marinha suspende projeto por falta de recursos Próximo Texto: Sem-terra organizam novas invasões Índice |
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