São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995
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Pão-duro radical

Amigos inseparáveis, Juscelino Kubitschek, José Maria Alkmin e Odilon Behrens começaram a trabalhar na mesma época, em Belo Horizonte. Tinham certeza de que melhorariam de vida.
Um belo dia, fizeram um pacto: no caixão do primeiro dos três que morresse, os outros dois colocariam 500 mil réis, dinheiro considerável naquele tempo.
Muitos anos depois, Behrens morreu. Presidente da República, JK foi ao enterro. Lá estava também o ministro Alkmin. Juscelino puxou o amigo para um canto:
- Só tenho cheque.
- Não se preocupe, Juscelino. Antes de você chegar, eu botei o dinheiro por nós dois.
JK então fez um cheque para pagar o amigo.
Dias depois, os dois foram jantar em Belo Horizonte. Alkmin anunciou que pagaria.
- Mas logo você, um pão-duro -espantou-se o presidente.
O espanto foi ainda maior quando Alkmin lhe entregou o troco:
- Eu não coloquei dinheiro no caixão, Juscelino. Fiz um cheque. E descontei o seu...

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