São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995
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Skank ganha disco de platina duplo e agora quer fazer shows no exterior

ANTONINA LEMOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os integrantes da banda mineira Skank andam meio ressabiados com o sucesso.
Não é para menos. O último disco da banda, "Calango", lançado em novembro do ano passado, vendeu 610 mil cópias (disco de platina duplo).
O sucesso não pára por aí. As músicas do grupo tocam sem parar nas rádios (veja quadro ao lado) e o grupo foi o único da safra das bandas novas a receber uma homenagem especial no Video Music Awards (premiação de clipes da MTV).
A Folha conversou com o vocalista e guitarrista Samuel, 29, o baixista Lelo, 27, o tecladista Henrique, 30 e o baterista Haroldo semana passada.
O grupo estava em São Paulo para dar um presente aos paulistas: dois shows no Olympia. Quem perdeu já pode se arrepender. Show do Skank vai virar raridade. É que a banda pensa em ficar um tempo longe da estrada.

Folha - Vocês estão surpresos com tanto sucesso?
Samuel - É uma coisa que a gente não esperava. Quando fomos lançar o "Calango" pensamos: "Se esse disco vender 150 mil, que é o que o outro vendeu, já está ótimo". Isso é uma coisa que a gente não controla. Mas é claro que ficamos felizes. Ficou provado que somos cabeça de tubarão e não rabo de baleia.
Folha - O sucesso assusta?
Samuel - Um pouco. Sempre fizemos as coisas acreditando na nossa intuição. Lá em Belo Horizonte não tem ninguém que tenha passado pelo que passamos. A gente não tinha para quem perguntar: "Como era quando vocês faziam sucesso nos anos 80?" Nós mesmos fomos nos guiando. Agora estamos pensando em nos resguardar. Fizemos muitos shows, aparecemos muito. Vamos dar um tempo da estrada. Também não vamos aparecer muito na TV.
Folha - Para não desgastar a imagem?
Samuel - Para não ficar aparecendo demais e também para tomar umas cervejas.
Lelo - A gente está precisando tomar umas cervejas para comemorar tudo de bom que aconteceu com a gente. Fizemos mais de cem shows do "Calango". Também precisamos nos divertir.
Folha - Depois de tomar as cervejas, quais são os planos?
Samuel - Estamos pensando em fazer alguma coisa lá fora. Ficamos empolgados com o exemplo do Chico Science, que acabaram de voltar de uma turnê muito bem sucedida e agendada por eles. Achamos que o tipo de som que a gente faz pode ser bem recebido lá fora.
Folha - E o futebol? Vocês têm fama de craques...
Samuel - Agora todo mundo quer jogar com a gente. Jogamos com a seleção brasileira de futebol feminino e ganhamos.

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